
RIO - A prefeitura do Rio pretende vetar a adoção do livro didático “Geografia — sociedade e cotidiano”, dos professores Dadá Martins, Francisco Bigotto e Márcio Vitiel, indicado pelo Ministério da Educação para a sexta série das escolas públicas. Em seu ex-blog, ontem, o prefeito Cesar Maia fez críticas veementes ao conteúdo do livro, da editora Escala Educacional, ao qual teve acesso graças a um grupo de professoras indignadas. Segundo o prefeito, na página 10 do primeiro capítulo, consta um mapa do Rio com a indicação de qual facção criminosa comanda cada uma das favelas cariocas. O título do mapa é “Áreas de atuação de grupos de tráfico de drogas no Rio de Janeiro”.
“Será que o Ministério da Educação analisou esse material ‘pedagógico’? Será que autorizou sua circulação pelo Brasil para crianças de 12 anos? Professores estão se mobilizando para pedir na Justiça a proibição da circulação desse panfleto, que é um atentado ao ensino de geografia para crianças de 12 anos. Que tal incluir mapas de estupro, chacinas, assassinatos de velhinhas... em novas edições?”, diz o prefeito, na nota “A geografia do Ministério da Educação”.
Cesar Maia também critica as fotos reproduzidas no livro. Em uma delas, aparece um policial civil de colete, numa operação “na Favela da Gota (sic), no Complexo do Alemão, à procura um traficante que tentou invadir a Favela da Rocinha na guerra pelo tráfico de drogas no Rio de Janeiro, em 2004”.
(O Globo online)
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