Há 200 anos, quando a Corte Portuguesa se mudou para o Brasil, o ritmo e os passos da quadrilha enfeitaram as festas do Paço Imperial e da Quinta da Boa Vista .
A quadrille era a dança francesa que havia invadido os salões europeus desde o século 18. Ela era sempre marcada por expressões como en avant (para frente), en arriére (para trás) ou autre fois (outra vez).
A dança saiu dos salões para o terreiro das festas populares. A quadrille virou quadrilha. A marcação francesa dos passou virou anavã, anariê, otrê fuá. O ritmo se enriqueceu com cirandas, cocos, emboladas e forrós nordestinos.
“A dança de quadrilha era uma dança de salão, uma dança da aristocracia européia. Era quadrille, uma dança de academia de música, com músicos eruditos, com um marcador francês (o marchan). Ela veio para o Brasil na célebre missão cultural de Dom João VI. Aqui, em São Cristóvão, se dançava essa quadrille. E depois, isso sai dos salões, vai para o quintal e vai para o terreiro”, explica a pesquisadora da UERJ Maria Cascia Frade.
(RJTV, 1ª edição)
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