Rio - Conduzir sem riscos, só mesmo o rebanho. Se pegarem o carro depois de rezar missas, quando bebem vinho, padres e frades perigam perder a carteira por 12 meses, levar multa de R$ 995,71 e acabar presos em blitzes para o cumprimento da Lei Seca no trânsito, a Lei 11.705. “Vou ter de dizer para o guarda que sou frade e estou voltando de uma missa. Espero que ele compreenda”, diz frei Clemente Kesselmeier, que topou soprar o bafômetro após missa ontem às 10h, na Igreja do Convento de Santo Antônio, no Largo da Carioca. Deu positivo.
O resultado no aparelho, doado pela ONG TrânsitoAmigo, indicou consumo inferior a 0,3 miligramas de álcool por litro de ar expelido. Acima desta marca, o motorista é preso por até quatro anos. “Tem dia em que realizamos três missas seguidas. Com certeza, depois o exame dará positivo (além do limite que determina detenção)”, diz Clemente.
O frade pregou contra a Lei Seca no sermão. “A violência no trânsito é o maior escândalo que existe. Ao combater o monstro, podemos ficar mais monstruosos do que o próprio monstro”, avisou, aplaudido pelos fiéis que lotavam o templo.
(O Dia online)
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