Um carro alegórico da Porto da Pedra voltou a acirrar os ânimos entre o Carnaval carioca e a Igreja. O Tigre de São Gonçalo trará a fogueira da Inquisição cercada por estátuas que representam um Papa, seis cardeais, oito bispos e quatro hereges (foto à esquerda). A alegoria, que faz parte do enredo “Não me proíbam criar, pois preciso curiar! Sou o país do futuro e tenho muito a inventar!” — de Max Lopes —, lembrará cientistas condenados à morte pelo tribunal da Igreja no Renascimento, por contrariar as leis vistas sob a ótica católica. “Não vejo problema. É História e não estou preocupado porque o assunto está carnavalizado. Não é para ofender ninguém”, defende-se Max. Para a Arquidiocese, o carro mereceria a fogueira. “É um assunto delicado para ser usado no contexto do Carnaval. É um abuso, uma agressão à fé. O departamento jurídico já está acostumado a lidar com isso e tomará as medidas cabíveis”, ameaça o bispo-auxiliar do Rio, Dom Edney Mattoso.
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