O biólogo Mário Moscatelli foi chefe do Departamento de Controle Ambiental de Angra dos Reis no início dos anos 90 e tem acompanhado o crescimento da cidade.
O biólogo sobrevoou Angra dos Reis e a Ilha Grande no último sábado (2) e diz que foi possível constatar que os dois desastres em Angra dos Reis foram situações bem distintas: uma tragédia inesperada e outra que já era anunciada. “Quem mora em Angra sabe que todos aqueles morros estão sofrendo uma pressão pela ocupação desordenada há 20, 30, 40 anos. E não é de hoje que ocorrem desmoronamentos. Na década de 80 houve um desmoronamento que engoliu todo o laboratório da usina nuclear. Essas coisas acontecem e são freqüentes. No caso da Ilha Grande, a gente vê claramente que a cobertura vegetal era intocada e infelizmente ocorreu o desmoronamento, não só naquele ponto como em vários outros da Ilha Grande”, afirma o biólogo.
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