O Rio de Janeiro é uma cidade especialmente vulnerável às tempestades. O Brasil inteiro já testemunhou outras situações caóticas provocadas pela chuva na cidade. E a geografia ajuda a explicar por que. Como a maioria dos morros da cidade é de formação rochosa, a pequena camada de terra onde cresce a vegetação não consegue absorver grandes volumes de água. A chuva escorre pelas encostas e em grande velocidade avança sobre toda a cidade, que tem uma pequena faixa territorial espremida entre os morros e o mar. E nas tempestades o mar também atrapalha. Maré alta e ventos funcionam como barreiras e represam a água nos rios e nas ruas. A saída para tanta chuva deveria ser um bom sistema de ralos - de bueiros - que conseguisse levar a água para fora da cidade. Em uma rua, no entanto, o lixo parece ocupar o espaço que deveria ser da água. “Os bueiros não são iguais, tem bueiros mais importantes, que devem ser tratados e limpos com periodicidade diferente dos demais. Enfim, a cidade precisa ser pensada sob o ponto de vista de drenagem para que haja um convívio pacífico entre população e as dificuldades naturais da cidade”, disse Paulo Canedo, professor de hidrografia da Coppe-UFRJ.
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