O empresário Heraldo Bichara Júnior, pai de João Felipe Bichara — de 6 anos, morto pela manicure Suzana do Carmo de Oliveira, de 22, no dia 25 de março, em Barra do Piraí, no Sul Fluminense —, teve relação sexual com a assassina, ano passado. A revelação foi feita nesta quarta-feira pelo delegado do caso e titular da 88ª DP (Barra do Piraí), José Mário Salomão de Omena, um dos primeiros a prestar depoimento, em audiência de instrução e julgamento na 1ª Vara Criminal da cidade.
Suzana, que chegou a passar mal e precisou ser atendida em uma sala do Fórum, e os pais do garoto também foram ouvidos, mas separadamente e sem a presença de jornalistas. Ao todo, entre 14h e 20h, 12 pessoas prestaram depoimentos ao juiz Maurilio Teixeira de Mello Júnior. O teor das declarações da criminosa — que admitiu no começo do depoimento ter matado João Felipe — e dos pais não foi revelado.
O delegado Omena disse, ao ser interrogado, que, em depoimento na delegacia, Heraldo teria dito que teve ‘pelo menos uma relação sexual com Suzana, em julho do ano passado’. “Suzana teria dito ao pai da vítima que eles só sairiam uma vez, o que teria acontecido em um motel”, afirmou Omena, citando inclusive o nome do estabelecimento onde o casal manteve relações sexuais, entre Barra do Piraí e Vassouras.
Ex-namorado de Suzana, Maicon Santiago, uma das testemunhas, disse a Maurilio Teixeira que a manicure ‘achava a criança insuportável’. Também foram ouvidos dois taxistas, que ajudaram a identificar a manicure e o recepcionista do hotel onde a criança foi morta.
‘Comoção’ ao lado da mãe do menino
No dia do crime, Suzana, fingindo ser a mãe do menino ao telefone, inventou que o estudante tinha que ir ao médico e o buscou, de táxi, no colégio. Ela o levou para um hotel, no Centro, onde o asfixiou com uma tolha e o matou. Como a criança tinha urinado e defecado ao ser sufocada, a manicure ainda teve frieza para lavar o cadáver, retirado do hotel também em táxi e escondido na própria casa.
Suzana, que escapou de ser linchada em Barra do Piraí, foi presa no dia do crime. Pouco antes da detenção, ainda acompanhou a mãe do menino na porta da escola e na delegacia, ‘demonstrando’ comoção. (ODia/Redação)
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