terça-feira, 1 de outubro de 2013

Câmeras na Rocinha podem ajudar a identificar homem que estuprou e matou menina

Imagens de câmeras de segurança de estabelecimentos próximos ao terreno baldio onde a menina Rebeca Miranda Carvalho dos Santos, de 9 anos, foi estuprada e morta, na localidade Cachopa, na Rocinha, já estão em poder da Divisão de Homicídios (DH). Os registros feitos na madrugada de domingo, segundo o delegado Henrique Damasceno, podem ajudar a polícia a identificar movimentações suspeitas na comunidade de São Conrado e chegar ao autor do crime.

Segundo a DH, o laudo do Instituto Médico-Legal (IML) confirmou que a criança foi vítima de violência sexual e esganadura. No corpo dela, também foram identificadas marcas de mordidas. 
Alguns dos sete depoimentos prestados terão de ser refeitos, pois, segundo o delegado, as testemunhas ainda encontravam-se em estado de choque quando compareceram pela primeira vez à DH — inclusive o da mãe da menina, Maria Miranda. 


O depoimento do menor que teria visto um homem negro, com agasalho verde, saindo do terreno em que o corpo foi abandonado também inspira cuidados. “A criança será ouvida na companhia de psicólogos, que avaliarão o estado emocional em que se encontra”, garantiu o chefe de operações da Divisão de Homicídios, Rafael Rangel. 

Nesta segunda-feira de manhã, o corpo de Rebeca foi sepultado no Cemitério São João Batista, em Botafogo. Entre os cerca de 70 presentes, estava a comandante da UPP da Rocinha, major Priscilla Azevedo, que negou haver falta de patrulhamento nas vielas da comunidade e disse acreditar que o crime foi feito de forma premeditada. 

“As características mostram que o criminoso articulou o ato e estudou o local”, opinou a oficial, sobre a barbárie cometida a menos de 100 metros de uma base da UPP da Rocinha. 

O delegado Henrique Damasceno, por sua vez, considera precipitada qualquer conclusão. “Trata-se de um crime bárbaro, que tem sido investigado com cautela pela Polícia Civil. Contamos com o apoio das forças pacificadoras e dos moradores da Rocinha, que podem ajudar através do Disque-Denúncia (2253-1177)”, pediu Henrique. (Extra/Redação)

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