quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Eterno ídolo do Botafogo e da Seleção morre aos 88 anos

O corpo de Nilton Santos é velado nesta quinta-feira no Salão Nobre do Botafogo, em General Severiano. A "Enciclopédia do Futebol" não resistiu a uma insuficiência respiratória e faleceu na tarde desta quarta-feira em um hospital do Rio. O ex-jogador, que tinha 88 anos, sofria de Mal de Alzheimer e vivia há cinco anos em um clínica especializada.
O corpo do craque é visitado por torcedores e ex-companheiros desde a noite de quarta e permanece no clube até o início desta tarde, quando sairá rumo ao Cemitério São João Batista, onde será sepultado às 16h.

Mais uma estrela no céu

Bicampeão mundial (1958 e 1962), quatro Copas no currículo (incluem-se aí as de 1950 e 1954) e uma vida profissional dedicada a apenas dois amores: a seleção brasileira e o Botafogo (não necessariamente nesta ordem).

Eleito pela Fifa o melhor lateral-esquerdo de todos os tempos, Nilton Santos — apelidado de ‘A Enciclopédia do Futebol’ por ser completo como jogador — fez história com a bola nos pés, que a dominavam com maestria e rara habilidade. Mas não apenas por isso.

O sorriso fácil e a humildade eram tão presentes em seu dia a dia quanto o hábito de arriscar as frequentes subidas ao ataque dentro de campo. Foi o precursor desse tipo de jogada — para desespero dos rivais — e revolucionou a posição de lateral-esquerdo. Sempre de bem com a vida, transmitindo simpatia e carinho a torcedores e companheiros de equipe. Garrincha que o diga. 

Versátil, além de defender e atacar com desenvoltura, mostrava categoria para fazer gols, numa época em que jogadores de sua posição tinham só função defensiva. Foram 11 em 723 partidas envergando a camisa alvinegra e quatro com a Amarelinha em 86 atuações. 

Nascido em 16 de maio de 1925, chegou a General Severiano com 16 anos. Foi o início de uma relação de amor e de conquistas — quatro cariocas (1948, 1957, 1961 e 1962) e dois torneios Rio-São Paulo (1962 e 1964). Ao pendurar as chuteiras, virou dirigente do clube.

A paixão e a gratidão ao Botafogo resistiram até ao implacável passar do tempo. Vítima do Mal de Alzheimer, doença que afeta a memória de suas vítimas, Nilton Santos.

Jamais esqueceu a importância que a camisa listrada em preto e branco teve em seus 88 anos de vida.
Só mesmo a morte, nesta quarta, na Fundação Bela Lopes de Oliveira, em Botafogo, em decorrência de uma infecção pulmonar, para tirar a Estrela Solitária do coração e da mente desse eterno ídolo, que o mundo do futebol vai reverenciar eternamente. (O Dia/Redação)

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