segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Campanha contra doenças cardíacas é divulgada em jogos e monumentos

O mês de setembro será marcado por uma campanha contra as doenças do coração. Como mostrou o Bom Dia Rio nesta segunda-feira (1º), a ideia do Setembro Vermelho é estimular brasileiros a evitarem fatores de risco que podem provocar infarte ou derrame (veja o site do Setembro Vermelho).
A campanha foi motivada por dados alarmantes, que mostram que as doenças cardíacas matam uma pessoa a cada minuto no mundo e são as causas de 33% das mortes dos brasileiros. Até o fim do mês, monumentos da cidade e jogos do Campeonato Brasileiro de futebol servirão de base para a divulgação da campanha.
O motorista de ambulância José Ricardo Marchon viveu um infarto há nove anos e diz ter sido um susto que não dá para esquecer. “Eu começei a sentir um mal, estar tremendo, apesar de ser julho, um mês frio, eu começei a transpirar. Fiquei cinco dias na UTI”, contou.
Para controlar a pressão, José Ricardo passou a tomar remédios, mas, mesmo depois de saber da doença coronariana, ele continuou fumando. Segundo ele, só foi possível largar o vício com um tratamento. “Se eu pudesse voltar atrás não teria fumado o primeiro cigarro nunca. O sal tem que evitar, porque é complicado e realmente mexe com a pressão”, explicou.
Como disse José Ricardo, o excesso de sal é um dos maiores inimigos do coração, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão. Muitas vezes, segundo o órgão, o sal vem mascarado nos alimentos com altas taxas de sódio. O consumo recomendado é de até 6 gramas por dia, equivalente a uma colher de chá. Mas o brasileiro ingere em média o dobro, por volta de 12 gramas.
“Não só a questão do sal que nós adicionamos na comida. No almoço e no jantar a questão é o sal intrínseco nos alimentos, que são enlatados. Hoje, com o nosso estilo de vida, de muito trabalho, nós não temos tempo de preparar comida em casa, então muitas vezes a gente compra os alimentos prontos e certamente são alimentos mais ricos em sal”, explicou o médico Mário Fritsch Neves, cardiologista.
Segundo médicos especialistas, pacientes obesos, sedentários, diabéticos ou fumantes são mais propensos a desenvolver doenças do coração. Outro fator de risco é a circunferência abdominal. Para as mulheres, a partir de 80 centímetros já oferece perigo à saúde e para os homens, a partir de 94 cm. Marlene Oliveira, autora da campanha e presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, chama a atenção para a prevenção.
“Uma das coisas que a gente está chamando atenção na nossa campanha é que as pessoas tirem pelo menos periodiocamente um tempo para ir ao médico fazer um check up, ver seus índices de colesterol, seus índices de glicemia, porque a população acaba não olhando pra isso e quando você vai ver pra isso pode ser muito tarde”, disse. (G1/Redação)

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