Pelo menos seis pessoas morreram e 29 ficaram feridas na queda de um ônibus da empresa Cidade de Itaguaí, placa KNT 3603. O acidente aconteceu por volta das 17h15 desta quarta-feira (7), quando o veículo despencou do viaduto sobre a linha férrea, em Brisamar, Itaguaí. O coletivo, que saíra de Chaperó e seguia em direção a Coroa Grande, tombou no momento em que subia a elevação. Não se sabe ao certo o que aconteceu. O veículo teria travado a direção, deixando o motorista sem controle .
Bombeiros de vários quartéis participaram do resgate das vítimas, trabalho acompanhado por uma multidão de curiosos. Um cenário de horror se seguiu ao acidente, com vítimas ensanguentadas espalhadas pelo chão. Alguns passageiros ficaram presos entre as ferragens, exigindo muito trabalho das equipes de resgate. As vítimas foram levadas para os hospitais São Francisco Xavier, em Itaguaí, Pedro II, em Santa Cruz, e Rocha Faria, em Campo Grande, num trabalho que contou com a participação de bombeiros de vários quartéis.
Até o fechamento desta edição teria sido divulgado apenas o nome de Carlos Alberto de Oliveira da Silva, de 39 anos, motorista do coletivo, morto preso às ferragens.
Um grande engarrafamento se formou ao longo da Avenida Prefeito Isoldakson Cruz de Brito, provocado pelo enorme número de pessoas que se aglomeravam no local. A curiosidade dos motoristas que passavam também contribuiu para o congestionamento.
Muitos voluntários se uniram em socorro às vítimas, provocando um grande mutirão de solidariedade.
Num balanço feito por volta das 20h30 o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência confirmou que foram 27 os feridos no desastre, uma mulher que teria passado mal e o fotógrafo que caíra no momento da cobertura. O prefeito Luciano Mota visitou as vítimas nos hospitais Pedro II e Rocha Faria. Sua assessoria informou que ele decretaria luto oficial de três dias em memória dos mortos.
Acidente reacende polêmica sobre inclinação da passagem
Desde que começou a ganhar a forma atual, a elevação do viaduto em Brisamar passou a ser alvo de várias críticas por conta da inclinação demasiadamente acentuada, o que provoca solavancos quando os veículos passam por pelo menos dois pontos. Não se sabe se essa característica influiu de alguma forma no acidente, mas o fato é que testemunhas contaram que a velocidade em que o ônibus transitava provocou um impacto que pode ter motivado o acidente. Pelas redes sociais, os internautas multiplicaram críticas à obra. Presente ao local, uma fonte da prefeitura, que preferiu não se identificar, engrossou esse discurso, classificando a inclinação acentuada como um erro de engenharia. (Atual/Redação)
