domingo, 11 de março de 2007

Hospital Universitário Antônio Pedro na UTI


Hospital trabalha com orçamento de R$1,8 milhão

Não é somente a carência de funcionários que a direção do Hospital Universitário Antônio Pedro está tendo que enfrentar. "Com um orçamento apertado, a compra de insumos hospitalares e de equipamentos tem que ser feita de forma racionada e por prioridades". Além das dificuldades financeiras, o desperdício de materiais também se tornou uma realidade rotineira.

O diretor do Huap, Tarcísio Rivello, contou que em uma de suas rondas pelo hospital se deparou com pinças para o manuseio de peças esterilizadas no lixo. Ele afirma que a "cultura do uso indevido de materiais ainda impera na unidade médica".

"Temos que aprender a trabalhar com o que temos. Se o uso do equipamento e dos insumos for otimizado é possível o bom andamento do trabalho. Assim como se tivermos muito material e não soubermos usar de forma coerente a eficiência do trabalho será reduzida", explicou Rivello.

O diretor do Huap explicou que a compra de insumos está acontecendo através de pregão na internet, de acordo com as necessidades mais urgentes da unidade. Ele ressaltou que "não há estoque e as compras estão sendo feitas de 30 em 30 dias".

Outro problema que explicita as carências do mais importante hospital público de Niterói é a falta de manutenção do angiógrafo – também conhecido como hemodinâmica. Esse aparelho, que realiza exames de cateterismo, está com a ampola queimada desde julho. O exame de suma importância não é realizado na unidade médica há sete meses. A demora no conserto do equipamento se dá por causa do preço da ampola, que está orçada em R$ 250 mil reais. Além disso, a administração deixou uma dívida de R$ 15 mil com o fornecedor.

"É uma prioridade a agilização desse conserto, mas o valor a ser gasto está alto e estamos em negociação para conseguirmos baixá-lo. Temos que trabalhar com um orçamento limitado", disse Rivello, que ressaltou que a verba mensal do hospital é de R$ 1,8 milhão e que o ideal para manter a unidade seria R$ 3 milhões.

Fonte: O Fluminense

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