sexta-feira, 20 de abril de 2007

Estado renegocia com o Itaú

Sérgio Cabral quer renovar com banco contrato em bases mais vantajosas

Rio - O governo do Estado do Rio e o Itaú iniciaram conversas para renegociar o contrato que garante ao banco a exclusividade sobre a folha de pagamento do funcionalismo. O Palácio Guanabara vai aguardar até a próxima terça-feira, dia 24, por uma resposta do Itaú sobre a proposta entregue à instituição, que já está sendo analisada pelos executivos.

O principal objetivo do estado com a renegociação junto ao Itaú é garantir condições mais vantajosas no acordo que deu ao banco o monopólio da folha de pagamento de servidores ativos, inativos e pensionistas.

OBJETIVO ANTIGO

O secretário da Fazenda, Joaquim Levy, considera que a renovação do contrato, feita em 2003, ainda durante a gestão da governadora Rosinha Garotinho, foi desalinhada. A validade do contrato atual termina em 2010. Outra reclamação de Levy seria a diferença entre o que o Itaú paga ao Estado do Rio e à Prefeitura de São Paulo , onde o banco também tem a exclusividade sobre a folha do funcionalismo. O secretário considera essa diferença injusta com o governo fluminense.

Renegociar as bases do contrato com o Itaú já estava nos planos do governo Sérgio Cabral desde janeiro. Também está previsto no programa de controle de gastos do estado, que tem como meta acertar uma diferença de R$ 1 bilhão entre os recursos estimados e o que foi efetivamente encontrado em caixa, no início deste ano.

O Itaú tem interesse em manter o vínculo de exclusividade com o estado, pois quer continuar a ter em sua carteira as 460 mil contas do funcionalismo. O banco paulista também é o único a receber pagamentos de impostos estaduais, como o IPVA e a taxa de incêndio.

O deputado Paulo Ramos (PDT) pretende conversar com Cabral sobre como ficam os servidores diante desse impasse com o Itaú. No ano passado, a Alerj aprovou lei de autoria de Ramos dando ao funcionário o direito de escolher o banco onde quer receber o salário.

O Dia Online

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