quinta-feira, 10 de maio de 2007

Anúncio da chegada das barcas a São Gonçalo agrada à Prefeitura

A Prefeitura de São Gonçalo ficou satisfeita com o anúncio da implantação da travessia Rio-São Gonçalo das barcas, feito na terça-feira, pelo governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), durante o lançamento do terceiro catamarã social das Barcas S.A.. Segundo a assessoria de imprensa do órgão gonçalense, esta solicitação já foi feita à Secretaria Estadual de Transportes, com apresentação de um estudo que qualificava a área como "perfeitamente adequada" para tráfego das embarcações e instalação da estação hidroviária, que está prevista para ser alojada nas proximidades do estaleiro Cassinu, no Gradim. A expectativa é de que o desembarque de passageiros no Rio seja no armazém 18 do Porto do Rio, no Santo Cristo, na Zona Portuária carioca.

Atualmente, a Secretaria faz um estudo de viabilidade, que avalia se a atividade terá retorno lucrativo e que auxiliará na definição do valor e a forma como o trajeto poderá ser utilizado. O preço mais vantajoso da viagem Rio-Niterói custa R$ 2,30. Dados já levantados apontam que em média 30% dos usuários da travessia Niterói-Praça XV (Centro do Rio) moram ou trabalham em São Gonçalo.

O superintendente da Barcas S.A., Lauro Nobre, negou, nesta quarta-feira, que tivesse condicionado o interesse da companhia à não-criação da linha 3 do metrô e não opinou sobre o projeto da estação hidroviária que liga a capital a São Gonçalo.

Determinação - A medida de construir a estação gonçalense foi exigida no contrato de concessão da empresa Barcas S.A.. A concessionária, que dispõe três estações, além da Praça XV e Centro de Niterói, (Cocotá, na Ilha do Governador, Charitas, em Niterói e Paquetá) e ainda de mais três pontos de atracação em cidades do Sul Fluminense, nas linhas social e de catamarãs, teve este item cobrado por deputados estaduais presentes numa audiência pública realizada na Assembléia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), em abril deste ano.

Na ocasião, o superintendente declarou que a concessão é deficitária e que, mesmo com os prejuízos, a Barcas S.A. investiu R$ 120 milhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), durante os nove anos de contrato. Dentre os grandes empreendimentos da concessionária, estão a construção e operação da estação de catamarãs, em Charitas, e compra de novas embarcações.

Apesar do investimento, a empresa passou por uma fase conturbada, nos últimos meses, quando sete acidentes envolvendo embarcações da companhia ocorreram na Baía de Guanabara. Em pelo menos um dos incidentes, foi atestado que houve sabotagem.

O Fluminense

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