Apesar das chuvas que têm castigado os canaviais de Campos, a cidade promete ser a grande impulsionadora do etanol no Rio nos próximos anos.
O plano diretor da Secretaria Estadual de Agricultura, que ficará pronto em setembro, pretende triplicar a produção de cana, para 15 milhões de toneladas por ano, até 2012. Assim, atenderia 75% do consumo do Rio, em vez dos atuais 25%.
Além dos investimentos previstos em máquinas, a idéia é empregar mais gente e atingir a marca de 30 mil trabalhadores. Todos, é claro, trabalhando em condições mais dignas, já que o Comitê de Erradicação do Trabalho Escravo de Campos ainda se depara com casos de morte por exaustão. Para essa safra, por exemplo, chegaram três mil trabalhadores do Alagoas e Vale do Jequitinhonha. A maioria já está endividada, por ter de pagar o transporte, e vive em casebres sem aparatos básicos como chuveiro e rede de esgoto.
Outro problema do setor, que fatura R$ 500 milhões por ano, é a falta de equipamentos adequados ao cultivo em pequenas propriedades, caso da produção no Rio.
A produtividade também está muito aquém do ideal. A esperança, nesse caso, está na tecnologia, que é também a solução para poupar o solo e o meio-ambiente.
Centros de pesquisa, como a Universidade do Norte Fluminense e a Universidade Federal Rural, têm contribuído com novas técnicas de plantio, adubação, irrigação e controle de pragas e doenças.
A Prefeitura também tem dado sua contribuição. Ainda hoje, assumirá a finalização da biofábrica, que desenvolverá plantas mais resistentes, e criará um fundo de R$ 20 milhões voltado para investimentos no setor nos próximos dois anos.
O Dia Online
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