
As alterações no trânsito no Rio para a realização dos Jogos Pan-Americanos são, ao mesmo tempo, um dos maiores legados da competição e um dos maiores fracassos. Pelo menos é o que pensam especialistas no setor, ouvidos ontem pelo Jornal do Brasil. Enquanto o engenheiro Fernando MacDowel diz que o Pan deixará apenas as lições a partir dos erros ocasionados com as intervenções no trânsito, o vice-presidente do Rio Ônibus, Octacílio Monteiro, garante que os corredores exclusivos são um marco para o setor.
As críticas de MacDowell se referem, principalmente, ao planejamento feito para o evento. A criação das faixas exclusivas para atender à chamada Família Pan nas linhas Amarela e Vermelha, no Aterro e na Avenida Brasil não foi acompanhada de uma previsão do aumento do fluxo de veículos em vias alternativas.
Ficou claro, ressalta o engenheiro, que a CET-Rio, responsável pelo controle do trânsito, precisa ser modernizada. - Com as faixas exclusivas, vias como a Lagoa-Barra passaram a ficar engarrafadas. Mas por que não houve um cálculo para adaptar a sinalização ao aumento do fluxo? - questiona MacDowell. - Esses ensinamentos ficarão como maior legado. Vice-presidente da Rio Ônibus, Octacílio Monteiro comemora a abertura dos corredores exlusivos, os quais aponta como principais responsáveis pelo sucesso do esquema de trânsito implementado para o Pan. A entidade, incluvise, vai levar à prefeitura uma proposta para se manter alguns deles, como os das linhas Amarela e Vermelha. - Com essas faixas é possível ir de Del Castilho à Barra em sete minutos - ressalta Octacílio. Secretário municipal de Transportes, Arolde de Oliveira também aponta os corredores como um dos legados do Pan-Americano. Diz que a prefeitura vai estudar a manutenção de algumas das faixas expressas.
Mas temos como legado, ainda, vários projetos que surgiram a partir do Pan e devem ser implantados - conta Arolde. - Todo planejamento funcionou perfeitamente.
(Do JB Online, de 17/07/07)
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