sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Basquete: Tri rubro-negro em cima do Vasco

Rio - Não foi com uma mas com três palavras que Marcelinho definiu o tricampeonato estadual do Flamengo, o 33º título do clube: “raça, amor e paixão” marcaram a conquista sobre o Vasco, numa vitória apertada por 75 a 73 (42 a 38) que fechou a melhor de três. Marcaram também a campanha que contou apenas com uma derrota para o rival, na fase de classificação.

Ontem, o Maracanãzinho entrou para a história dos três irmãos da família Machado, que pela primeira vez sentiram o sabor de erguer um troféu defendendo o time do coração. A felicidade deles contrastava com a tristeza do elenco vascaíno, que fez tudo certinho para levar a partida para a prorrogação, mas foi traído por um erro de passe, na última bola, dado de Valtinho para Brasília. “Fizemos o máximo que podíamos. A sensação é a de que perdemos sabendo que podíamos ter ganho”, lamentou o armador.

Do outro lado, o armador Hélio respirava aliviado. Poderia ter passado de herói a vilão da história por um lance livre errado no ataque anterior ao último do adversário. A sua pontaria certeira da linha dos três pontos fez o Rubro-Negro sair de um incômodo 8 a 0 no primeiro quarto, emender uma seqüência de 21 pontos seguidos contra apenas dois e fechar a etapa em 25 a 15.

A vantagem chegou aos 12 pontos no início do segundo período, mas apesar de perder por 42 a 38 o Vasco já dava sinais de que a virada viria mais adiante. Antes dela, Marcelinho e o médico vascaíno Igor Guimarães se estranhavam na entrada dos vestiários. O clima esquentou. “Esse é o Marcelinho que vocês dizem ser o craque do campeonato. É um marginal”, disse Igor.

De volta à quadra e sob a batuta de Valtinho o Vasco tomou o comando do marcador. Só que o Flamengo terminou novamente na frente (63 a 59) e voltou a desgarrar, fazendo 71 a 61 no início do último quarto. Dispostos a evitar que a equipe da Gávea fechasse a série, os vascaínos se empenhavam na defesa e faziam o adversário errar. A 24 segundos do fim, Arthur fez a diferença cair para 74 a 73. Em seguida, Hélio, cestinha com 30 pontos, acertou um lance livre e deu a chance para que o rival levasse o confronto para a prorrogação, mas a jogada não saiu como o planejado.

“Estava confiante de que acertaria os dois. Quando vi que errei, saí para marcar o Valtinho e a bola saiu espirrada da mão dele. Hoje fui cestinha, mas qualquer um poderia ter sido porque nosso time é assim”, diz Hélio.

“Meu banco todo produziu. O resultado apertado valorizou a conquista. Me considero um iluminado”, disse o técnico Paulo Chupeta.

(O Dia online)

Nenhum comentário: