sexta-feira, 18 de abril de 2008

Vida regulada pelas barcas

Para chegar à escola, às 13h, no Centro do Rio, Bruna Rodrigues, de 15 anos, precisa acordar às 7h. Ela tem que estar pronta quando a barca das 9h sair de Paquetá. Se ela pegar a do meio-dia, chega atrasada. “O prazo que a gente tem para estudar é só na barca”, lamenta ela.
Na ilha, a vida de todos é regulada pelos horários de chagada e saída das barcas. Minutos de atraso podem significar um dia perdido. Desta vez, o metalúrgico Jonathan Batista não chegou a tempo.
“É horrível você se atrasar um pouco para tomar um café da manhã e às 9h não ter mais como ir. Agora só meio-dia. Vou chegar atrasado, vou escutar ou voltar para casa e perder o dia de trabalho“, queixa-se.
Os moradores da ilha reclamam: das barcas, dos preços, do tempo perdido. “As embarcações por vezes estão com mau cheiro, as cadeiras duras, quebradas, janelas quebradas. Quando chove, chove dentro da embarcação”, conta a funcionária pública Marisa Santos.
(RJTV 1ª EDIÇÃO, 18/04)

Nenhum comentário: