segunda-feira, 26 de maio de 2008

Obras para conter o mar

Rio - As alterações climáticas afetarão o dia-a-dia de quem vive no Rio e é preciso se preparar já, alertam especialistas. O aumento do nível do mar e a pressão dos lençóis freáticos obrigarão o governo a investir pesado na estrutura da cidade. “Alguns prédios também terão de fazer suas pequenas obras”, avisa Sérgio Besserman, presidente do Instituto Pereira Passos (IPP), órgão da prefeitura que estuda o impacto das mudanças do clima no Rio. Hoje, no Rio, 60 mil pessoas vivem em áreas que submergirão se o mar subir até 1,5 metro, o que pode acontecer até 2100. “Não é urgente, mas também não é a longo prazo. As obras têm que iniciar em 2020 e 2030”, explica Besserman.
Além de reparos na atual infra-estrutura, como rede pluvial e esgotamento sanitário, que passarão a apresentar problema com freqüência, serão necessárias reformas para impermeabilizar garagens em andares térreos ou subterrâneas. Ressacas serão mais violentas e alagamentos, corriqueiros.
Soluções de engenharia já estão em estudo para tentar evitar o surgimento de milhares de refugiados ambientais no Rio. Na Baixada de Jacarepaguá, região mais ameaçada, a Rio-Águas avalia implantar sistema de dragagem e bombeamento permanente. O lençol freático pressionará o subsolo e haveria inundação de áreas habitadas, como Rio das Pedras.
(O Dia online)

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