RIO - Parecia uma tarde como outra qualquer na Câmara Municipal do Rio. No plenário, debate sobre orçamento; no cerimonial, reunião da CPI da Cidade da Música. Ninguém ligou quando o barulho do temporal ecoou dos vitrais superiores. Mas, no momento em que começou a chover no vistoso mármore do saguão José do Patrocínio, no painel pintado por Eliseu Visconti em 1923 e no busto de Pedro Ernesto, ninguém quis mais saber dos trâmites parlamentares. A água não entrou apenas pelas rachaduras nos vitrais. Nas galerias do plenário, goteiras fizeram a pintura da parede, em segundos, inchar como quadro de funcionários em época de contratações eleitoreiras.Mas não foi o único transtorno. O temporal que desabou sobre o Rio nesta segunda entre 16h30 e 18h30 causou os transtornos de sempre na cidade e deu uma prévia do que poderão ocasionar pancadas de chuva semelhantes durante o próximo verão. O trânsito ficou caótico em várias partes porque, com as ruas alagadas, os motoristas tiveram que reduzir a velocidade, piorando os habituais engarrafamentos do horário da volta para casa.
(JB online)
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