sexta-feira, 20 de março de 2009

A passarela é do samba, mas a Praça da Apoteose é do rock

A Avenida Marquês de Sapucaí é, de fato e direito, a Passarela do Samba. Ou Sambódromo, como preferia o professor Darcy Ribeiro, idealizador da obra. Já a praça da Apoteose, onde Portela, Mangueira, Beija-flor e outras escolas dispersam desde 1984, não vive apenas do Carnaval. Em seus 25 anos, ela também se tornou um dos principais palcos de rock do Rio. Bob Dylan, Aerosmith, Robert Plant e Nirvana não têm mesmo nada em comum, além de terem, todos, passados por lá em suas visitas ao Brasil.
Até a primeira metade dos anos 80, não havia muitos espaços onde os roqueiros pudessem se esparramar na cidade. Logo, a quantidade de shows internacionais também era reduzida. Até que, em 1985, quando a Praça da Apoteose tinha apenas um ano, Roberto Medina, criou o Rock in Rio.
O empresário Luiz Oscar Niemeyer, responsável pelo show que o Radiohead fará hoje na Praça, era então o diretor artístico de Medina, mas logo inventou um festival para chamar de seu. E viu na Apoteose o espaço ideal para receber a primeira das seis edições do Hollywood Rock. Aliás, ainda vê.
- A praça da Apoteose é bem localizada, central, de fácil acesso para quem vem da Zona Norte ou da Zona Sul, com uma estação do metrô que facilita o transporte do público. O local é ideal para shows de porte médio e grande até 35 mil pessoas – elogia Niemeyer, que não desconhece os pontos fracos do local:
- Infelizmente ela ficou estigmatizada pelo crescimento das favelas ao redor e a natural preocupação com a segurança, ainda que a polícia militar e demais órgãos públicos assegurem a segurança externa do público em dias de evento – diz.
(O Globo)

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