sexta-feira, 13 de março de 2009

Trabalho de restauração disponibiliza registros de Villa-Lobos ao público


Um trabalho minucioso, cuja época não poderia ser mais propícia. No mês em que o maestro Heitor Villa-Lobos faz aniversário (ele faria 122 anos em 5 de março) e no ano em que se completa o cinquentenário de sua morte – em 17 de novembro de 1959 –, o Museu Villa-Lobos, em Botafogo, passa a disponibilizar todo o acervo visual dedicado à vida e à obra do compositor de forma inteiramente digitalizada e permanentemente acessível ao público, sobretudo aos estudantes e pesquisadores.
Foram, entre outros registros, cerca de 300 fotos e 700 documentos pessoais de Villa-Lobos recuperados, além de uma coleção de filmes do arquivo pessoal do compositor e de sua mulher, Arminda – a “Mindinha” –, filmada entre 1957 e 1959, últimos anos de vida do maestro e período em que ele se deslocou por muitos lugares. O material, que tem quase três horas de filme, jamais havia sido disponibilizado fora do circuito doméstico.O Museu Villa-Lobos, que já foi localizado no Palácio da Cultura, antigo prédio do Ministério da Educação, no Centro, ocupa, há quase 23 anos, um belo casarão tombado do século XIX na Rua Sorocaba, 200, em Botafogo. O espaço funciona de segunda a sexta-feira, sempre das 10h às 17h, com seu amplo acervo sobre a vida do maestro. Vida esta dedicada a uma intensa e prolífica criação musical, que unia a erudição aos mais ricos elementos da música brasileira.
– A música do Villa-Lobos, que é fundamental, é uma musica clássica baseada na música popular brasileira. É por isso que os críticos de música mais caretas e convencionais achavam o Villa-Lobos um indisciplinado. Mas esta indisciplina que era a genialidade dele, porque ele não tinha nem rima nem razão, ele só queria fazer o que vinha de sua cabeça e fazia isso de uma maneira esplendorosa – ressalta o curador da exposição Fabiano Canosa.
(Agência Rio de Notícias)

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