
“Em 53, éramos oito lambe-lambes, e a gente brigava pelos clientes. Existia até um rodízio porque todos queriam ficar nas entradas do jardim”, recorda Lobo. Naquela época, ele tinha média de 50 clientes por dia. Num domingo ensolarado, clicava até 120 pessoas e sempre enchia o bolso.
Agora, quando clica cinco fregueses em uma semana, dá graças a Deus. “A tecnologia acabou com a gente”, lamenta. A máquina de tripé com quase 20 quilos, feita há 80 anos na Fábrica São Bernardo, em São Paulo, ainda está lá. Mas é só para chamar a atenção. Quando chega um cliente, Lobo saca uma digital de 7,5 megapixels, imprime ali mesmo e entrega as fotos em 10 minutos.
“Tem gente que se assusta, diz que preferia a máquina velha. Mas são poucos”, comenta Lobo, que para tentar aumentar a clientela distribui cartões de visita com telefones, e-mail e até Orkut.
(O Dia online)
Nenhum comentário:
Postar um comentário