Um terço das mulheres sexualmente ativas no Estado do Rio possui o vírus HPV (Papilovírus Humano). A pesquisa foi feita pela Escola Nacional de Saúde Pública, da Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com o Instituto de Ginecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IG-UFRJ), em 1,5 milhão de mulheres, entre os anos de 1999 e 2005. Entre as adolescentes com idade entre 10 e 19 anos, o índice chega a 50%. Segundo a ginecologista Michele Pedrosa, do IG, o aumento entre as adolescentes está relacionado com a precocidade do início das relações sexuais. O vírus, se não tratado corretamente, pode levar ao câncer de colo de útero. Os sintomas muitas vezes não são aparentes, mas em alguns casos podem ser percebidos por meio de verrugas na região genital. O maior problema é a falta de medidas preventivas ao vírus. A vacina contra o HPV não está disponível nos hospitais públicos e é cara. É necessário tomar três doses, que custam em média R$ 400 cada. Mas ela só previne contra dois dos mais de cem subtipos do vírus . Porém, a imunização pode evitar até 70% dos casos de câncer. Segundo Pedrosa, a única maneira eficiente de combate é reduzir o número de parceiros. Ela diz que nem o uso da camisinha impede a infecção do HPV e critica a falta de campanhas do Ministério da Saúde sobre o vírus.
(Jornal Destak)
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