Na restauração da fachada, o rosa deu lugar ao amarelo, o que pode causar estranheza aos visitantes. Mas a arquiteta Paula Van Biene explica como se decidiu retomar a cor original. “Houve uma extensa investigação em documentos, pinturas e livros da época, até concluirmos que esta era a cor certa”, detalha. O professor e historiador Milton Teixeira tem uma justificativa histórica para o uso do rosa. “No final do século XIX, alguns prédios do Rio de Janeiro foram pintados de rosa. Mas não houve nenhum decreto obrigando o uso dessa cor. Desde então criou-se um mito de que todo prédio público é rosa”, afirma. O Museu Nacional abriga o maior acervo científico da América Latina, com 20 milhões de itens, como fósseis de dinossauros, diversos tipos de animais e múmias egípcias. Também foi no edifício que se criou a primeira Constituição do Brasil. O diretor administrativo do museu, Wagner William Martins, explica que o processo integral de recuperação do palácio de três andares, onde também funciona um campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, deve ser longo. “Ainda devemos transferir os cursos e a administração que funcionam aqui dentro para prédios separados para dar mais espaço ao acervo”, conta.
(O Dia Online)
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