sábado, 27 de março de 2010

Escolas em alerta contra as 'pulseiras do sexo'

Escolas do Rio estão fechando o cerco contra as ‘pulseiras do sexo’, versão bem mais maliciosa da antiga ‘salada mista’ — febre entre crianças e adolescentes. As instituições começaram a alertar os pais, que estão sendo convocados como aliados na ‘queda de braço’ contra o que consideram uma perigosa brincadeira. Circular de colégio alerta até para ataques de moradores de rua a meninas na saída da aula para que pratiquem com eles o ato identificado pela cor da pulseira. E, segundo a ONG Safernet, que atua na prevenção de crimes virtuais, o jogo, que já é praticado na Internet, atrai pedófilos, interessados em aliciar menores. A brincadeira, ainda desconhecida por muitos pais, consiste em usar pulseiras de silicone de cores variadas, cada uma representando uma ação íntima, de simples abraços a posições sexuais. Cada vez que um colega consegue arrebentar uma pulseira, tem direito a consumar a ação correspondente ao que determina o adereço, já no pulso de crianças.

Pré Adolescentes dominam o código

Uma estudante do Colégio Pedro II de só 12 anos conhece as regras do jogo das pulseiras do sexo de olhos fechados: “A roxa significa beijo de língua, a azul significa sexo oral, a preta é transar mesmo”. Os amigos C.F., M.C. e D.G., 16, alunos do Ensino Médio da mesma unidade, também têm as pulseiras, mas dizem que, embora saibam o significado erótico, usam o acessório por acharem bonito. “Eu gosto das cores, acho que fica legal no braço. Ninguém nunca tentou arrancar uma pulseira minha. Isso vai muito da atitude de cada um”, diz M.C., com mais de 20 pulseiras, nas mais variadas cores.
Mas pré-adolescentes contam que a brincadeira é, sim, posta em prática. “Uma amiga minha teve que dar um beijo de língua. Quem usa sabe o que pode acontecer”, conta A.P., 12 anos, que também usa o adereço. A dona de casa, Ana Cristina Rosário, 46, se assustou ao saber o significado das pulseirinhas no braço da filha. “Não imaginava o que representava. Estou chocada e vou conversar com minha filha para que ela não use mais”, alarmou-se. (O Dia Online)

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