
- Hoje é um dia feliz. É início da minha vida - disse, minutos antes de entrar no Fórum acompanhado pela advogada Maíra Fernandes e pelo coordenador do Projeto Empregabilidade do AfroReggae, Norton Guimarães. - Eu estava oprimido comigo mesmo. Tinha medo deles (os filhos) crescerem e entenderem melhor as coisas.
A história de Narciso é marcada pelo envolvimento com o tráfico ainda criança, na Favela do Quitungo, em Brás de Pina, e em um roubo seguido de morte em Brasília, em 1992. Condenado a 20 anos de prisão por latrocínio, ele passou mais de 14 anos em diferentes prisões do Rio e do Distrito Federal. Em 2007, após passar para o regime semi-aberto, fugiu. Narciso é pai de João Pedro, de três anos, e Luiz Henrique, de um ano, e sua mulher está grávida de quatro meses. Nesses dois anos, ele sustentou a família com bicos como pintor. Agora, planeja cumprir o resto da pena e conseguir um emprego com a ajuda do AfroReggae, que apoiou a decisão de se apresentar. Norton Guimarães, que é ex-presidiário, diz que é difícil alguém fugir e se entregar:
- Isso é incomum mesmo. Se você ficar 14 anos preso e se entrega, é porque acredita na sociedade e espera dela uma voto de confiança.
- Isso é incomum mesmo. Se você ficar 14 anos preso e se entrega, é porque acredita na sociedade e espera dela uma voto de confiança.
(G1)
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