segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Rocinha: 35% das casas foram ocupadas na última década

A evolução demográfica que fez da Rocinha uma das maiores favelas da América Latina teve impulso recente. Uma pesquisa feita pelo Estado apontou que 35% da população da comunidade vive no imóvel que ocupa atualmente há dez anos ou menos, enquanto cerca de 10% o fizeram nas décadas de 1970, 1960 ou antes disso. Para a socióloga da PUC e especialista em favelas Sarah Telles, o inchaço em comunidades começou há 20 anos e se intensificou nos anos 2000. "Foi muito tempo sem política habitacional. Programas como o Minha Casa, Minha Vida chegaram tarde, quando a situação já estava instalada", explica. No caso da Rocinha, a localização ainda é mais atrativa. "Há muita gente que mora na Baixada e sonha em se mudar para a Rocinha. Na zona sul é que estão o dinheiro, os empregos e as oportunidades", afirma. O censo mostrou que um quarto das 73.410 pessoas que responderam à pesquisa trabalhou na zona sul nos últimos 30 dias. Somando-se quem tem emprego no Centro, na Baixada e nas zonas norte e oeste, não se chega a 6%. (Destak Jornal)

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