Aguardado como o ponto decisivo do final da campanha, o debate presidencial na Rede Globo frustrou os telespectadores, pelo tom apático do confronto, mas agradou aos estrategistas dos candidatos. Plínio poupou Marina. Serra não questionou Dilma em hora alguma. Dilma não enfrentou Serra. E Marina tentou quebrar a polarização PT x PSDB. "Quando eu quebrei o plebiscito, o final foi lacônico: os dois se evitaram", afirmou a candidata do PV no final do debate. A respeito da postura mais mansa de Plínio, ela brincou: deveu-se à presença da neta do socialista, também chamada Marina. "Quero ela em todos os debates. Ele esteve mais calmo", brincou a senadora. Até mesmo o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, se queixou: "o Plínio ficou menos engraçado". Apesar de Dilma ter sido preservada e não ter sofrido desgastes, os petistas anteveem o crescimento de Serra nos últimos dias da campanha. Baseiam-se no histórico das eleições brasileiras, quando houve um crescimento do segundo colocado na boca de urna. A margem de Dilma sobre os adversários foi encurtada nas últimas pesquisas do instituto Datafolha. Por sua vez, os tucanos, nas palavras do vice Indio da Costa (DEM), estão "absolutamente certos do segundo turno". O ex-governador e candidato favorito ao Senado em Minas Gerais, Aécio Neves, sustenta que o debate não influiu na mudança das intenções de voto, mas consolidou a curva de crescimento dos oposicionistas.
(JB Online)
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