Os muros baixos muitas vezes não foram suficientes para segurar os alunos dentro da Escola Municipal Paulo Silva, em Campo Grande. Mas iniciativas simples, como criar o Dia da Leitura e a Quarta-feira Maluca, adotadas pela instituição no ano passado, têm impedido a fuga desses estudantes, agora mais interessados nas aulas. A inclusão de atividades diversificadas no currículo é um desejo dos próprios matriculados nas séries finais do ensino fundamental (do 6 ao 9 anos) da rede municipal, e eles deixaram isso claro durante a pesquisa Megafone na Escola, realizada entre os meses de março e julho, em 39 escolas cariocas. O trabalho, idealizado pelo Instituto Desiderata, em parceira com a Secretaria municipal de Educação, tem como objetivo orientar a prefeitura em ações que visam à melhoria deste segmento escolar. Ao todo foram consultados 2.194 alunos e 277 professores. Para 24,6% dos estudantes, as aulas podem ser mais interessantes se incluírem computador, internet, vídeos, fotografias, música etc. Aulas de reforço foi a opção citada por 20,8% dos entrevistados e, em terceiro lugar, ficou a necessidade de mais grupos de estudo (16,5%). Na visão dos jovens, problemas complexos que afetam o ensino público na cidade do Rio, como a evasão e a dificuldade de aprendizado, podem ser corrigidos como melhoria na limpeza das escolas (para 29% dos consultados), mais computadores (24,4%), mais espaço para esportes (18,5%) e melhores regras de convivência (13,9%).
(O Globo Online)
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