Nas paredes e estantes da sala, dezenas de prêmios e homenagens a uma carreira marcada por sucessos. Num canto perto da porta, uma mesa típica de boteco. É nesse ambiente que Beth Carvalho estaciona sua cadeira de rodas — desde o dia 11 de agosto de 2009, a cantora não sobe ao palco por causa de um problema na coluna, que a levou a operar, e uma posterior fissura no sacro, motivo pelo qual está impedida de andar normalmente. Logo de cara, perguntada sobre o que a música representa em sua vida, Beth não pensa duas vezes e dá a mais oportuna resposta para o momento que está vivendo.
— O samba cura! Quem está triste fica feliz e quem está feliz fica ainda mais — diz Beth, que nos dias difíceis sempre teve a batucada ao seu lado: — Antes de me operar fiquei com medo de não andar mais. Mas, durante esse tempo, quase não tive momentos tristes. A minha família me deu muita força e os companheiros do samba sempre estiveram ao meu lado. Fiz várias rodas aqui em casa. Ficava na cama deitada e o samba rolava solto. Todo dia tem um sambista me ligando para saber como estou. (Extra Online/Redação)
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