quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Escolas do tempo do imperador sobrevivem

No ano em que estado e município buscam recuperar o brilho há muito tempo perdido da educação fluminense, uma exposição no Centro de Referência da Educação Pública, na Avenida Presidente Vargas 1.314, joga luzes sobre a origem do ensino público no Rio. A mostra relembra a época de ouro das Escolas do Imperador, oito unidades erguidas por ordem de Dom Pedro II. Quase um século e meio depois, cinco delas ainda funcionam como colégios municipais e estaduais. A exposição chama atenção para as aulas que eram oferecidas às alunas no século 19. Em prédios atualmente tombados pelo patrimônio histórico, as estudantes eram preparadas para serem donas-de-casa e operárias. Na Rivadávia Corrêa, elas aprendiam culinária, corte e costura e confecção de chapéus e flores. Na educação física, as meninas se exercitavam trajando longos vestidos. Nas escolas imperiais, a instrução era gratuita, rígida, separada e diferenciada por sexos. As meninas aprendiam letras, matemática e prendas domésticas. Os meninos, além das letras e matemáticas, estudavam ciências. No século 19, a educação era para poucos. Apenas filhos de famílias ricas tinham acesso aos estudos. Dos 14 milhões de habitantes, só 250 mil estavam matriculados no ensino primário. No fim do Império, 67% dos brasileiros eram analfabetos. Pela Constituição Imperial de 1824, não poderiam se matricular menores com doenças contagiosas, sem vacinação, escravos, menores de 5 anos e os maiores de 15. Visitas ao Centro de Referência podem ser marcadas pelo telefone 2213-3038, das 9h às 17h, na Avenida Presidente Vargas 1.314. (O Dia Online/Redação)

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