terça-feira, 24 de maio de 2011

Piratas agoram circulam com carros comuns

Um problema que parecia restrito à Região dos Lagos chegou com força ao Rio: o transporte pirata feito em carros particulares. Dos 5.279 veículos apreendidos em blitzes do Detro entre janeiro e abril deste ano, 59% eram automóveis, sem a menor aparência de piratas, que faziam lotadas. A prática ilegal, difícil de ser flagrada pela fiscalização, aumentou na capital depois que licitações reduziram de quatro mil para 500 o número de vans no Grande Rio. A apreensão dos carros é dificultada porque os passageiros costumam defender os motoristas, em sua maioria ex-proprietários de vans ilegais que foram proibidas de circular.
- Nós já sabíamos que quem viveu durante anos à margem da lei, fazendo suas próprias regras, buscaria uma forma de driblar a fiscalização - diz o presidente do órgão, Rogério Onofre. Entre as rotas preferidas pelos piratas estão a ligação da Rodoviária Novo Rio com a Região dos Lagos, com Angra dos Reis e com a Baixada Fluminense. Mas o problema também já chegou à Barra e ao Recreio, onde a fiscalização do transporte clandestino é feita pela prefeitura. Na região da Barra e do Recreio, há grupos que se apresentam como empresas de transporte executivo e chegam a produzir tabelas de preços para vários pontos da cidade. O trajeto entre o Recreio e o Aeroporto Internacional, por exemplo, sai por R$ 80 com a Strategos Drive Service, com frota de cinco Vectras pretos. Já uma corrida para Copacabana custa R$ 60 e, para Botafogo, R$ 65. A Strategos anuncia em seu panfleto: "faturamos para empresas". Mas, por telefone, informa estar temporariamente impossibilitada de emitir nota fiscal, problema que seria sanado este mês, segundo a atendente. (O Globo Online/Redação)

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