Colégio São Bento diz que agressão foi 'brincadeira inconsequente'

É um dos assuntos mais comentados no Rio de Janeiro: o menino de 6 anos que foi agredido na escola por um amigo de 14. O caso acabou na polícia. O colégio é um dos mais tradicionais do Rio. O Colégio São Bento é uma escola particular católica, mantida por monges beneditinos. Está classificada no Enem como uma das melhores do país. Os pais estão inconformados. Eles prestaram um longo depoimento à polícia. A mãe, Viviane Azevedo da Silva, que está grávida de dois meses, contou que ia para o trabalho quando um funcionário da escola telefonou avisando que o filho teria sofrido um acidente. “Disse que ele tinha se acidentado. Que tinha sofrido um corte e precisava ser atendido”, afirmou a mãe. Só depois de ser atendido em um hospital particular, o menino contou o que tinha acontecido. Ele disse aos pais que quatro adolescentes esperavam a sala de musculação ser aberta. Foi quando as crianças se aproximaram. Sem nenhum motivo, um rapaz de 14 anos teria dado rasteiras no menino, que teria batido a cabeça no chão mais de uma vez. Os outros três adolescentes teriam impedido as crianças de buscar socorro. Em nota, a direção do Colégio São Bento diz que avalia o caso como uma brincadeira inconsequente, sem intenção de agredir ou machucar, mas que, no entanto, acabou mal. Logo, considerada falta grave. O colégio diz ainda que a punição de suspensão que cabia foi aplicada, e que as famílias dos envolvidos foram chamadas para participar de todo o procedimento educativo. Os pais do menino, que são advogados, explicaram por que resolveram procurar a polícia. “A sociedade deve procurar a Justiça sempre que for demandada. Foi uma lesão corporal, foi uma violência que meu filho sofreu”, disse o pai do menino, Maurício dos Reis. A delegada que investiga o caso quer ouvir todos os envolvidos: o adolescente acusado da agressão, o supervisor pedagógico do colégio e os outros menores que teriam presenciado a agressão. Os pais do menino agredido decidiram transferir o filho para outro colégio. (Bom Dia Brasil/Redação)