A Comissão de Direitos Humanos e Minorias aprovou, na tarde de hoje (8), a criação de um grupo de trabalho para ir ao Rio de Janeiro e realizar audiência com o governador Sérgio Cabral, além de visitar as lideranças dos bombeiros para intermediar nas negociações do conflito. A comissão aprovou também uma moção de apoio à negociação com os bombeiros. A moção pede a retomada de negociações e a imediata liberação dos bombeiros presos. Ao mesmo tempo, a moção cobra um esforço maior do governador na busca de um acordo e lembra que os bombeiros não foram ouvidos, o que contribuiu para acentuar o conflito trabalhista. “A permanência do impasse acarreta insegurança para a população e acentua um clima indesejável para o conflito, na contramão do processo de pacificação e de unidade política que o Rio de Janeiro vive hoje”, diz a moção. (O Dia Online/Redação)
Um comentário:
Por que o ato dos bombeiros cria um precedente perigoso
Os bombeiros assim como qualquer categoria têm o direito de pedir melhoria salarial, ocorre que por servirem junto com a PM, sob regime militar, lhes é vetado o direto à greve. Nos últimos dias o que tenho visto no Rio é um circo. Uma categoria que vem sendo “doutrinada” por políticos faz meses, chega ao ponto de rasgar sua lei militar, invadir um quartel, ocupar e inutilizar viaturas.
Ora, isso é inadmissível em um estado de direito. Imaginemos se médicos decidem fazer greve, invadir hospitais, furar pneu das ambulâncias e trancar as portas; E se um dia policiais em greve ocuparem os presídios e ameaçarem soltar os presos? Não obstante, teríamos ainda a possibilidade de Soldados do exército em greve, colocarem tanques para obstruir vias. Pergunto: Onde a sociedade vai parar? É esse o precedente que a sociedade deseja abrir com os bombeiros?
Para que não corramos esse risco há uma legislação militar que rege as FFA, Bombeiros e a PM. Independente de qualquer pleito salarial, ela tem de ser respeitada. No momento em que a sociedade permitir que essa lei seja ignorada, estará pondo em risco sua própria ordem.
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