Transporte escolar para levar e buscar os filhos no colégio pode significar, em vez de segurança, perigo. Na zona norte do Rio de Janeiro, o Sindicato de Transporte Escolar estima que quase todo o serviço é irregular. A prefeitura admite não fiscalizar transporte clandestino. E, mesmo entre os 1.116 veículos licenciados pelo município, 30% estão irregulares por não terem se apresentado para vistoria este ano. Na porta do Colégio Pedro II de São Cristóvão, uma van sem placa levava alunos na quarta passada (15). Já estudantes do Colégio Militar, na Tijuca, usavam van de linha municipal como escolar. Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Escolar do Rio, Luiz Guarçoni, só 1% do serviço na zona norte é regularizado. As irregularidades são mais frequentes na região por desorganização: "As licenças dadas não são direcionadas, e todo mundo vai trabalhar na Zona Sul". Diante da falta de empresas regulamentadas em Cascadura, onde mora, a enfermeira Aline Oliveira, 34, contratou serviço sem licença: "Fico insegura, mas se não fosse assim meu filho não estudaria quando estou de plantão". A prefeitura diz fazer ações para fiscalizar veículos licenciados e rebocar carros de passeio flagrados transportando irregularmente alunos, mas não soube informar quantos já foram apreendidos. Já o Colégio Pedro II afirma não indicar serviço de transporte aos pais. Procurado, o Colégio Militar não respondeu. (Terra/Redação)
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