Quando perguntado qual profissão exerce, David Vieira Bispo, de 39 anos, não titubeia: “Sou um empreendedor”. Em abril de 2010, ele assumiu o comando do Bar do David, no Morro Chapéu Mangueira, no bairro do Leme, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O bar, que existe há cinco anos, era então apenas uma "birosca", diz. A formalização e a chegada da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) à favela, em junho de 2009, alçaram o estabelecimento a um novo "status": “antes, a maioria dos clientes eram motoristas de van e mototaxistas”, recorda o proprietário. Este ano veio o reconhecimento pelo trabalho: o bar se tornou o primeiro de uma favela carioca a participar do festival gastronômico Comida di Buteco, realizado em 15 cidades brasileiras. O petisco “Tropeiro Carioca”, que leva feijão preto, couve, bacon, carne seca, paio e rodelas de laranja, conquistou o terceiro lugar entre os 31 bares participantes. “O negão não é ruim, não!”, brinca David. “Eu participei de um festival que só tinha bares do asfalto. Eu representei todas as comunidades.” (G1/Redação)
Nenhum comentário:
Postar um comentário