As antigas cavalariças imperiais, em São Cristóvão, que faziam parte da Quinta da Boa Vista no tempo do Império e, com a proclamação da República, se transformaram no Centro Hípico do Rio, viraram motivo de polêmica entre historiadores, amantes da equitação e a prefeitura. O município comprou a área do Exército e pretende demolir todas as construções na Rua Bartolomeu de Gusmão para, durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, servirem de estacionamento e instalações de apoio a partidas de futebol e outros eventos no Maracanã. Após as Olimpíadas, o lugar será usado num plano de ampliar a área de circulação do público na Quinta.
- A história do local está associada à equitação. O que eu acho um erro é que, para beneficiar o futebol, se prejudique a prática de outro esporte - criticou o coronel João Franco Pontes Filho, de 81 anos, quase ainda hoje treina no local e chefiou as delegações dos conjuntos que competiram por medalhas nas Olimpíadas de Atlanta (1996) e Sydney (2000).
Os planos da prefeitura para a área estiveram entre os projetos apresentados ontem a técnicos do Comitê Olímpico Internacional (COI), que estão no Rio para acompanhar os preparativos para as Olimpíadas. A proposta é que o terreno do Centro Hípico seja interligado ao Maracanã por duas praças elevadas, que atravessariam a linha férrea.
- O objetivo é ampliar a Quinta da Boa Vista como área de lazer, e não atender apenas a necessidades da Copa do Mundo e das Olimpíadas. O projeto será importante para a população. Não me parece que essas construções tenham interesse histórico - disse o secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto. (O Globo Online/Redação)
Nenhum comentário:
Postar um comentário