quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Demolição de cocheiras imperiais para estacionamento do Maracanã cria polêmica

As antigas cavalariças imperiais, em São Cristóvão, que faziam parte da Quinta da Boa Vista no tempo do Império e, com a proclamação da República, se transformaram no Centro Hípico do Rio, viraram motivo de polêmica entre historiadores, amantes da equitação e a prefeitura. O município comprou a área do Exército e pretende demolir todas as construções na Rua Bartolomeu de Gusmão para, durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, servirem de estacionamento e instalações de apoio a partidas de futebol e outros eventos no Maracanã. Após as Olimpíadas, o lugar será usado num plano de ampliar a área de circulação do público na Quinta. 
- A história do local está associada à equitação. O que eu acho um erro é que, para beneficiar o futebol, se prejudique a prática de outro esporte - criticou o coronel João Franco Pontes Filho, de 81 anos, quase ainda hoje treina no local e chefiou as delegações dos conjuntos que competiram por medalhas nas Olimpíadas de Atlanta (1996) e Sydney (2000).
Os planos da prefeitura para a área estiveram entre os projetos apresentados ontem a técnicos do Comitê Olímpico Internacional (COI), que estão no Rio para acompanhar os preparativos para as Olimpíadas. A proposta é que o terreno do Centro Hípico seja interligado ao Maracanã por duas praças elevadas, que atravessariam a linha férrea.
- O objetivo é ampliar a Quinta da Boa Vista como área de lazer, e não atender apenas a necessidades da Copa do Mundo e das Olimpíadas. O projeto será importante para a população. Não me parece que essas construções tenham interesse histórico - disse o secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto. (O Globo Online/Redação)

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