segunda-feira, 19 de março de 2012

Polícia Federal abre quatro inquéritos para apurar corrupção em hospital do Rio

Representantes de empresas oferecem propina (Reprodução)
A Polícia Federal informou nesta segunda-feira, 19, que vai iniciar quatro inquéritos para investigar denúncias de corrupção em um hospital do Rio de Janeiro, depois de empresas oferecerem propina a um repórter disfarçado de funcionário público para fraudar licitações. Essas mesmas companhias tiveram suspensos todos os seus convênios com o Ministério da Saúde. Uma reportagem exibida no último domingo, 18, pela TV Globo mostra a ação de representantes de empresas que tentam obter vantagens por meio de formação de quadrilha, peculato, corrupção, fraude em licitação e cartel. Antes da assinatura de contratos, as negociações foram suspensas. O repórter passou dois meses como diretor de compras do hospital com conhecimento apenas da cúpula do órgão.

Segundo o delegado Victor Poubel, que trata do caso na Delefin (Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvio de Recursos Públicos), a busca por ilegalidades levará à revisão de contratos feitos por essas empresas em órgãos públicos desde 2009. “Ainda não temos um prazo para concluir, será trabalhoso e profundo”, disse ele ao UOL. O Ministério da Saúde deve colaborar nas investigações. Para o delegado, os representantes das empresas mostraram “o desprezo aos princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade”, que “tanto devem  ser  obedecidos  por servidores  da  Administração  Pública  direta e indireta quanto  por  aqueles  que com ela contratam”. A PF intimou 17 pessoas para depor ainda nesta semana e pediu informações à Controladoria Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU), Advocacia Geral da União (AGU), e Ministério Público Federal (MPF) para saber se essas empresas têm contratos com hospitais da rede federal. (Uol Notícias/Redação)

Nenhum comentário: