segunda-feira, 8 de abril de 2013

Em noite de público (quase) zero


Sala da presidência do Vasco fechada  (Foto: Raphael Zarko)
A campanha de público zero fez efeito em São Januário. Somente 546 pagaram para assistir dentro do estádio à vitória por 2 a 1 do Vasco contra o Friburguense. Na diretoria do clube, a assiduidade foi ainda menor. Nem mesmo o presidente Roberto Dinamite apareceu. Sob ameaça de protestos mais contundentes dos cerca de 300 torcedores de cinco torcidas organizadas diferentes na entrada do estádio, ele foi aconselhado a ficar em casa.
O carro do presidente vascaíno e até seguranças do mandatário estiveram em São Januário, mas Dinamite não apareceu no clube. Nem ele nem o diretor geral Cristiano Koehler, que não costuma assistir aos jogos no estádio vascaíno. Para evitar qualquer tumulto, além de um pedido de reforço para a Polícia Militar e a Guarda Municipal, que compareceram com carros, cavalaria montada e ônibus para transporte, o clube contratou 10 seguranças a mais. Eram 40 na partida. Um membro da diretoria do clube revelou que havia ameaça de invasão do estádio e, inclusive, de entrada no gramado, o que acabou não acontecendo. O protesto foi realizado sem qualquer problema que causasse trabalho para a polícia e à segurança.
Com as arquibancadas praticamente vazias, sobrou espaço para faixas e mensagens de protesto contra a diretoria e até para a oposição do Vasco. Uma delas dizia que "enquanto situação e oposição brigam, o Vasco sofre".
Fora do estádio, houve gritos tímidos de "Volta, Eurico", no momento em que os protestantes foram para as janelas do corredor da sala da presidência. Do lado de fora, antes da partida, membros do grupo político do ex-presidente ("Casaca!") se faziam presentes, com camisas personalizadas. O grupo de Eurico Miranda nas últimas semanas promove campanha de regularização e cadastramento de novos associados para as eleições de 2014. Nesta segunda-feira, outros oposicionistas se reúnem para tratar da sucessão de Dinamite. (Oglobo/Redação)

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