sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Maior rede de abortos do Rio movimentava R$ 500 mil por mês, diz delegado

A maior rede de execução de abortos do estado do Rio de Janeiro foi presa nesta sexta-feira por policiais da 19ª DP (Tijuca). O grupo atuava em clínicas em São Gonçalo, na Região Metropolitana, Botafogo, na Zona Sul, Bonsucesso e Rocha, na Zona Norte. De acordo com o delegado Roberto Gomes Nunes, da 19ª DP, pelo menos 20 pessoas já prestaram depoimento e uma paciente está internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) após ser submetida a um aborto.

"É a prisão da maior organização especializada em abortos no Rio de Janeiro", disse Nunes.

Na ação foram cumpridos seis mandados de prisão e sete de busca e apreensão na capital e em outros municípios. Cerca de 50 agentes participam da operação, que também apreendeu material cirúrgico, além de 100 mil em dinheiro, entre dólar, euro, libra e real.

Foram presos Maria José Barcellos Cândido, Nilda de Souza Pontes, Guilherme Estrella Aranha, Ivo Tannuri Filho, Myrian Hahamovici e José Luiz Gonçalves, que é apontado pela polícia como chefe do bando.

A quadrilha, composta por médicos, agenciadores e seguranças, realizava cerca de 50 abortos por semana, cobrando até R$ 8 mil por procedimento.

Após um ano de investigações, os agentes descobriram que os criminosos movimentavam cerca de R$ 500 mil por mês. Mulheres de São Paulo, Minas, Espírito Santo e do Maranhão fizeram abortos com a quadrilha.

Segundo a polícia, José Luiz guardava os celulares das vítimas durante a "entrevistas" que eram realizadas antes dos abortos. "Ele tentava evitar que as mulheres gravassem algo comprometedor", explicou o delegado. (O Dia/Redação)

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