sexta-feira, 9 de maio de 2014

Morte suspeita de modelo do Rio é investigada pela polícia de São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo investiga a morte da modelo Évora Ingrid Brenha de Andrade, de 22 anos, na madrugada do último domingo no bairro República, no Centro de São Paulo. O caso foi registrado como morte suspeita, depois que a jovem caiu do 13º andar do prédio onde morava com o namorado. A informação sobre a morte foi enviada ao EXTRA por meio do WhatsApp (21 99809-9952 e 99644-1263).

Évora nasceu e morou até os 16 anos com a família em Nova Iguaçu, na Baixada. A mãe da menina, a dona de casa Paula Francinete Brenha Dias Oliveira, de 42 anos, conta que ela mudou-se do Rio para a capital paulista há pouco mais de um ano para seguir a carreira de modelo:
— Ela foi para São Paulo justamente porque lá o mercado de desfiles e fotografias é maior e ela acreditava nesse sonho. Era uma pessoa batalhadora, cheia de objetivos. Não tinha motivo algum para tirar a própria vida.



Évora e o namorado, o piloto de helicóptero Daniel Quadri de Oliveira Freitas, de 24 anos, estavam em uma boate no bairro Bela Vista, na noite de sábado. Para a delegada Elizabeth Galvão, plantonista do 2º DP (Bom Retiro), um casal de amigos contou que eles discutiram dentro da casa noturna e foram para casa brigando.

Também em depoimento, Daniel disse que, ao chegar no apartamento, a modelo o agrediu, inclusive com mordidas, e depois se jogou da janela, caindo nos fundos do edifício. Ele ainda afirmou que os dois tinham engerido bebida alcoólica e que Évora já havia ameaçado se matar antes.

Depois da queda, o namorado desceu, pegou o corpo e o colocou na frente do prédio, na Rua Marquês de Itu. Segundo o registro de ocorrência 2922/2014, um porteiro teria chamado a polícia. A PM informou que o pedido foi feito às 4h37m. Abalado, Daniel buscou socorro no Hospital Santa Helena, no bairro da Liberdade. Foi na unidade que ele e o casal de amigos foram ouvidos pela delegada, que iniciou o procedimento às 7h19m.


Ainda segundo o procedimento, o casal afirmou que Évora e Daniel mantinham um relacionamento “conturbado” e que ela aparentava estar em um “quadro depressivo”. A delegada constatou que, no apartamento, não havia sinais de luta. No documento, há a informação que o caso aparenta, preliminarmente, tratar-se de suicídio. Procurado pelo EXTRA, o delegado Wilson Zampieri, do 77º DP (Santa Cecília), que assumiu as investigações, não quis dar detalhes sobre as linhas que estão sendo apuradas.

Dia das mães
No último Dia das Mães, Évora presenteou Paula com uma caneca, uma almofada e um cartão: “Tudo que ela me deu representa o carinho que ela tinha, que ela tratava todo mundo. Vou guardar para sempre essas lembranças”.

Visitas
A modelo fazia visitas constantes à família, em Nova Iguaçu. A última foi durante o carnaval, quando ela passou três dias na casa, que está em obras, no bairro Miguel Couto.

Ligações
Era Évora quem ligava para a mãe também. O último contato foi feito no dia 16 de abril, aniversário de um dos seus três irmãos.

Silêncio
Procurados pelo EXTRA, vizinhos, funcionários e o síndico do Edifício Paradise, onde a jovem morreu, preferiram não dar declarações sobre o caso.

Depoimento
A irmã de Daniel Quadri, Mariana Freitas, disse que o rapaz está internado, em tratamento psiquiátrico, numa unidade de saúde: “Ele está abaladíssimo, não faz outra coisa senão chorar”.

Namorado
Procurado pelo EXTRA, Daniel Quadri desligou o telefone logo depois de a repórter se identificar. Parentes do piloto não foram localizados pela reportagem. (Extra/Redação)

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