segunda-feira, 2 de junho de 2014

Cine Odeon fecha as portas na quinta-feira, por tempo indeterminado, para manutenção

A partir de quinta-feira, dia 5 de junho, o Cine Odeon, no Rio, ficará fechado por tempo indeterminado para manutenção. O cinema foi inaugurado em 1926 e é sede para uma série de eventos importantes na programação cultural da cidade, como o Festival do Rio. Mas seus quase 90 anos de idade levaram o grupo Estação, que administra a sala, a anunciar o que eles chamam de “check up”.

— A estrutura do Odeon é antiga, há muitos detalhes que precisam de renovação, então já estamos planejando esse fechamento provisório há algum tempo. O único problema é que, a rigor, não estamos com grana agora para a manutenção, então vamos atrás de algum parceiro para tocar o que for necessário. Mas não se trata de um fechamento definitivo — explica Marcelo França Mendes, um dos sócios do Grupo Estação.

A escolha do mês da Copa do Mundo para fechar as portas do cinema não foi por acaso. O Odeon fica na Cinelândia, o principal palco da cidade para os protestos de rua que tomaram o país há um ano, durante a Copa das Confederações. Na ocasião, por diversas vezes o cinema teve que encerrar suas atividades para evitar riscos ao patrimônio e aos espectadores.

Semanas depois, entre setembro e outubro, durante o Festival do Rio, algumas sessões de gala que aconteceriam no Odeon também tiveram que ser canceladas por conta das manifestações. O cinema é o último da Praça Floriano, no Centro do Rio, local conhecido não por acaso como Cinelândia: em seu entorno já funcionaram espaços como o Cineac Trianon, o Parisiense, o Império, o Pathé, o Rex, o Vitória, o Palácio, entre outros.

— A gente já vem ligando para os organizadores de alguns eventos que costumam programar sessões no Odeon, como o Anima Mundi (festival de animação cuja próxima edição será realizada entre 27 de julho e 3 de agosto), avisando que o cinema pode estar fechado. Na verdade, agora não temos nem como dar garantia que o Festival do Rio poderá ser realizado lá. Tudo vai depender de conseguirmos recursos para a manutenção — diz França Mendes. (Globo/Redação)

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