quarta-feira, 14 de março de 2007

Conta de luz em residências fica 5% mais barata


A partir desta quinta-feira, as tarifas de energia elétrica vão ficar até 5% mais baratas para 2,14 milhões de clientes de 66 municípios atendidos pela concessionária Ampla no Rio de Janeiro. O reajuste para os 1.962.780 clientes residenciais, que recebem energia elétrica de baixa tensão, será de menos 5%. Já os 5.154 clientes das indústrias, que utilizam energia de alta tensão transmitida pela empresa, receberão os valores das contas 1,77% mais baratas.

O reajuste foi autorizado ontem pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O índice oficial de mudança tarifária (que modifica a tarifa de referência da empresa) é de 1,903%, mas a agência verificou que os consumidores já haviam pago ao longo do último ano encargos financeiros além do necessário, que precisariam ser descontados na conta de luz para os próximos 12 meses.

De acordo com André Moragas, diretor de Relações Internacionais e de Comunicação da Ampla, a redução de encargos setoriais, a diminuição dos custos com a compra e transporte de energia, além do baixo valor acumulado da inflação no período, foram fatores que contribuíram favoravelmente para a diminuição significativa da tarifa.

"A redução nas tarifas de energia elétrica devem se tornar uma tendência, já que nós estamos fazendo todo o possível para diminuir os custos e encargos para repassá-los aos nossos clientes", afirmou Moragas.

O diretor da Ampla lembrou ainda que o combate aos furtos de energia foram intensificados nos últimos meses e estão dando bons resultados.

"A colocação de chips para medição do consumo em municípios como Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias, Itaboraí, Magé e Macaé, que são campeões de furto de energia, já começam a gerar frutos. Não podemos dizer que os chips são completamente responsáveis pela redução dos valores, mas fazem parte do processo. Quanto menos furto de energia, mais barata ela poderá se tornar".

Dados da Aneel mostram que os consumidores da Ampla gastam cerca de 7,266 milhões de Mega-watts/hora (MWh) por ano, o que gera para a empresa uma receita anual de R$ 2,1 bilhões.

No ano passado, a tarifa da Ampla para as residências caiu 4,05%, enquanto a das indústrias subiu 6,23%.

Abastecimento do sistema

De acordo com o diretor da Aneel, relator do processo de reajuste, Romeu Rufino, parte da redução na tarifa da Ampla se deve à queda de 36,6% na cobrança da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) pela distribuidora, no mês passado. Segundo técnicos da Aneel, a redução na arrecadação da CCC contribuiu com uma diminuição média de 1,87 ponto porcentual nas tarifas.

A CCC é um encargo pago pelos consumidores de energia de todo o País para subsidiar a compra de combustível pelas usinas termelétricas que abastecem os sistemas elétricos isolados, localizados principalmente da região Norte do País. É a Aneel que faz a avaliação da necessidade de compra de combustível pelas usinas.


Estados – Em fevereiro a Aneel homologou os reajustes das tarifas das distribuidoras Cooperaliança, de Santa Catarina, e Empresa Luz e Força Santa Maria, do Espírito Santo. Para as residências atendidas pela Cooperaliança, o índice médio de reajuste foi de 18,92%, enquanto que para as indústrias chegou a 27,67%. Já as tarifas no Espírito Santo subiram 2,63% (residências) e 8,83% (indústrias).

A exemplo na Ampla, algumas distribuidoras que atendem o interior de São Paulo tiveram que reduzir as tarifas de luz residenciais, como a Jaguari Energia (-4,54%), a Paulista (-0,99%) e a Sul Paulista (-0,17%). A Companhia Energética de Borborema, que atende a seis municípios paraibanos, também baixou em 4,63% as contas de luz residenciais.


Fonte: O Fluminense

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