sexta-feira, 13 de abril de 2007

Batalha naval cruza a Baía

Com problemas, cinco embarcações que faziam a travessia Rio-Niterói foram interditadas

Por recomendação da Capitania dos Portos, a Secretaria Estadual de Transportes interditou, ontem à tarde, cinco embarcações que fazem a travessia Rio-Niterói. Três são da Barcas S/A, e duas, da Transtur (um catamarã e um aerobarco) que, juntas, transportam 17 mil passageiros diariamente.

A medida é resultado de vistoria em 23 embarcações nos últimos 17 dias. Foram constatados vazamento de óleo nos motores, além de falhas no sistema de geração de energia elétrica e nas hélices propulsoras. Só 12 foram consideradas ótimas. Nas últimas duas semanas, passageiros ficaram à deriva na Baía de Guanabara por quatro vezes. Desde então, as inspeções da Capitania passaram a ser semanais e de surpresa. Antes, eram bimestrais e agendadas.

O comandante da Capitania dos Portos, almirante Monteiro Dias, afirmou que a retirada foi emergencial. “Sugerimos manutenções mais abrangentes. Mas em nenhuma encontramos perigo de incêndio ou afundamento”, ponderou Dias.

A interdição do aerobarco Flecha de Niterói e do catamarã Jumbo Cat 1 levou a Transtur a suspender seus serviços. Em cartaz na estação, a empresa avisava que espera normalizá-lo hoje. “Agora vou ter que pegar a barca quente e cheia”, reclamou a auxiliar administrativa Cristina Martins, 31 anos.

EXPECTATIVA DE ATRASO

Já a Barcas S/A conseguiu substituir as embarcações Lagoa, Itaipu e Ipanema. Mas o superintendente da concessionária, Lauro Nobre, admitiu que os passageiros terão de “esperar um pouco mais” para embarcar na hora do rush. Ontem, no entanto, não houve problemas na estação da Praça 15.

De manhã, o secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, viajou até Niterói na Gávea I e voltou na Ipanema, que depois foi interditada: “Ouvi muitas reclamações. Queixas sobre atrasos, limpeza e conservação. A população demonstrou muita insatisfação”.

O Dia Online

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