quinta-feira, 3 de maio de 2007

Funcionários da Petrobras fazem paralisações de 24 horas


As paralisações hoje abrangem unidades no Rio e em Minas Gerais.
Das 40 plataformas no Rio, 36 estão em "operação-padrão".


Funcionários da Petrobras iniciam nesta quinta-feira (3) uma série de paralisações e movimentos de "operação-padrão" de 24 horas, que irão até o dia 10 de maio, para pressionar a empresa a aceitar reivindicações dos trabalhadores no plano de cargos e salários da estatal.

Segundo o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Paulo César Martins, as paralisações hoje abrangem unidades da Petrobras no Rio e em Minas Gerais. No dia 8, o protesto abrangerá unidades da empresa em São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Rio Grande do Norte. No dia 10, as paralisações ocorrerão em mais unidades de São Paulo e nas unidades da empresa na Bahia.

O sindicalista informou que há divergências entre as exigências dos trabalhadores para o plano de classificação e avaliação de cargos e a oferta da empresa. Na avaliação de Martins, a proposta atual da empresa não é aceitável, o que fez com que os sindicalistas se unissem para preparar essa série de manifestações, em protesto.

Ele não descartou que a possibilidade de que a falta de sucesso nas negociações possa conduzir a uma greve geral entre os petroleiros. "Temos uma outra reunião com a Petrobras na próxima sexta-feira. Se não chegarmos a um acordo, nossa data limite é até o fim de maio. Se tudo o mais falhar, aí vamos partir para a greve geral, e parar a produção", afirmou.

De acordo com o sindicalista, esta manhã, no Rio, 50% das áreas administrativas da Petrobras aderiram à paralisação de 24 horas. Do total de 40 plataformas, 36 estão em "operação-padrão", ou seja, executando apenas as atividades que permitem o funcionamento da estrutura em segurança. Ainda de acordo com Martins, em Minas Gerais, 70% das áreas administrativas aderiram à paralisação, e 90% dos funcionários que trabalham 24 horas nas áreas operacionais da empresa no estado.

Procurada para falar sobre o tema, a assessoria de imprensa da Petrobras informou que não comenta sobre o assunto.

G1

Nenhum comentário: