segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Renegociação salarial vai definir reajustes de 2008

De amanhã a quinta-feira, Saúde, Educação e Segurança Pública conversam com governador

Rio - Inicialmente prevista para hoje, a reabertura das negociações salariais entre o governo do estado e os servidores de Saúde, Educação e Segurança Pública foi adiada para amanhã, quando acontece a reunião com o pessoal da Saúde, no Palácio Laranjeiras. Os demais encontros estão com suas datas mantidas: na quarta-feira, o estado recebe os funcionários da Educação. Já na quinta-feira será a vez da Segurança.

Após o anúncio do reajuste de 25% em 24 meses, os diversos protestos que se seguiram e a mudança da proposta para 4% em parcela única — que será paga nos salários deste mês — o governador Sérgio Cabral chamou para si a responsabilidade de retomar as negociações com as categorias. A previsão é de que ele receba pessoalmente os servidores. Os secretários das respectivas pastas e deputados também deverão estar presentes.

Na Saúde, primeiro setor a reabrir diálogo com o estado, a principal reivindicação é a implantação do plano de carreira, já aprovado, mas que não funciona na prática. “O plano prevê promoções por tempo de serviço e capacitação profissional, dando expectativas de reconhecimento do trabalho”, explicou Jorge Darze, presidente do Sindicato dos Médicos.
Na avaliação dele, a retomada das negociações demonstra uma preocupação do governador com a área. “O decreto presidencial de 2005, decretando estado de calamidade na saúde estadual, não foi revogado, sinal de que ainda há problemas”, lembrou Darze, que se diz esperançoso com a nova rodada de conversações.

Já Beatriz Lugão, coordenadora do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), prefere manter a cautela. “Esperamos que o governo comece a montar um cronograma para o cumprimento das promessas de campanha”, afirmou. A principal demanda dos 140 mil ativos e inativos da pasta é o fim do Programa Nova Escola, com a incorporação das gratificações aos salários básicos. “Isso beneficiaria toda a categoria”, disse Beatriz Lugão. Apesar de as negociações terem 2008 como alvo, o Sepe vai tentar um reajuste emergencial de 26% para este ano.

Hoje, o Sepe tem reunião na Secretaria de Educação para discutir o corte de ponto dos 18 dias da greve do mês passado. O sindicato anunciou que, caso as faltas não sejam abonadas, não haverá reposição das aulas.


O Dia Online

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