
A suspeita da PF é que a técnica tenha sido negociada e repassada a outras produtoras. Segundo os agentes federais, foram apreendidas notas fiscais de venda do leite da Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil) e da Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande (Coopervale) para grandes empresas alimentícias, como as multinacionais Nestlé e Parmalat. Em nota, as empresas dizem não haver riscos no consumo de seus produtos.
Participaram da operação, além dos agentes da PF, promotores do Ministério Público Estadual e Federal. A fraude foi descoberta devido a denúncias de outras cooperativas e de ex-funcionários das empresas. Depois das denúncias, amostras de leite industrializado comprado das cooperativas foram analisadas.
- Foi constatado um nível de substâncias alcalinas acima do normal, o que torna o leite impróprio para consumo humano - contou o delegado Ricardo Ruiz da Silva, um dos coordenadores da Ouro Branco.
Nas sedes das cooperativas, os policiais apreenderam tonéis com substâncias usadas para batizar o leite. A Coopervale e a Casmil produziam 450 mil litros de leite por dia.
Técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - que ajudaram a PF nas análises - vão realizar novos testes com o leite recolhido. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária prefere esperar o resultado dos exames laboratoriais para decidir pela retirada ou não de produtos lácteos do mercado.
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