A sigla comandará o Legislativo em tempos de desafios – os dois eleitos citaram a crise econômica como o principal deles e reafirmaram o papel que o Congresso deve exercer no seu enfrentamento – e votações de projetos cruciais como as reformas tributária e política. Estarão também sob sua responsabilidade o ritmo e a natureza das apreciações de projetos, poderoso trunfo em ano de sucessão presidencial.
Apenas um obstáculo insiste em ficar no caminho do PMDB: as divergências internas. Apesar das vitórias, as eleições aprofundaram o racha que separa senadores ligados ao grupo de Sarney e Renan Calheiros (AL) da trincheira paulista que age sob as diretrizes de Temer e do ex-governador Orestes Quércia – um dos mais animados nesta segunda, no plenário da Câmara.
O quadro se agrava com o PMDB no meio de um cabo-de-guerra entre governo e oposição, que tentam atrair a agremiação para compor alianças em 2010 e dividem as simpatias na legenda. Ciente disso, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), trabalhou pelo senador Tião Viana (PT-AC), apenas para fortalecer, na correlação interna de forças peemedebistas, a ala paulista, mais próxima dos tucanos. Nos próximos meses, as duas facções do PMDB se enfrentam em eleições pela presidência nacional da legenda.
No meio político, qualquer referência ao PMDB costuma vir acompanhada da indagação "mas qual PMDB"? Nesta segunda, a despeito da falta de unidade que ameaça o poderio futuro, foi a vez de todos os PMDBs ganharem.
(JB Online)
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