terça-feira, 19 de outubro de 2010

Fechamento do Pedro II congestiona o Rocha Faria

Além de Magna dos Santos, 61, enterrada ontem, a falta de vagas para transferir pacientes graves de postos de São João de Meriti para hospitais estaduais fez mais 3 vítimas. Duas morreram ontem: uma logo após a esperada transferência ao Hospital de Saracuruna, em Caxias. Sábado, homem de 77 anos também morreu sem que ordem judicial determinando a internação se cumprisse. Na Z. Oeste do Rio, quem precisa de atendimento médico também passa sufoco desde o fechamento do Hospital Pedro II.
O fechamento do Hospital Estadual Pedro II, em Santa Cruz, sobrecarregou a emergência do Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande. Dezenas de pacientes levaram mais de 6 horas para serem atendidos, criando filas de pacientes na sala de espera e de macas no corredor. Alguns cansaram de esperar e foram à procura de outra unidade. Mulheres grávidas foram transferidas para maternidades na Baixada. No Pedro II, eram feitos 500 partos por mês e 300 atendimentos por dia.
O estudante Yago Barros, 12 anos, esperou seis horas para enfaixar a perna. “Machuquei jogando futebol, mas jogo duro mesmo foi ser atendido aqui”, disse o pai, Jorge Henrique Calado Barros, 45. A família de Ana Beatriz Sampaio, 26, que esperou numa maca por 4 horas, desistiu. “Esse caos seria evitado se os médicos do Pedro II tivessem reforçado a equipe. Somos 4 plantonistas sem condições de atender a demanda”, lamentou a médica Angela Tenório. (O Dia Online/Redação)
 

Um comentário:

Governo disse...

Olá!
Para complementar a informação postada pelo Blog:
Nesta semana estão sendo feitas reuniões setoriais com representantes da Sesdec e da equipe do Pedro II para que sejam definidas essas transferências de forma negociada com os próprios profissionais e não simplesmente imposta pela secretaria. No entanto, alguns reforços no atendimento do Rocha Faria, principalmente na maternidade, já começaram desde o último sábado com funcionários do Pedro II.